by Roberto M.
Sabemos que umidade é a quantidade de água existente em uma substância ou
material. No caso do ar, a umidade é a água que está misturada a ele de forma
homogênea no estado gasoso.
Como qualquer substância, o ar tem um limite de absorção de água chamado
ponto de saturação ou ponto de orvalho.
Esse ponto é o máximo de vapor de água que uma determinada quantidade de ar
pode absorver.
O ponto de saturação depende da temperatura. Quanto mais quente, mais vapor
de água um certo volume de ar consegue absorver. Por exemplo, a 0°C o ponto de
orvalho é 4,9 g de vapor de água por metro cúbico de ar e a 20°C o ar se satura
com 17,3 g de vapor de água por metro cúbico de ar.
A essa relação, de quantidade de vapor de água pelo volume de ar, damos o
nome de umidade absoluta do ar.
Umidade relativa do ar, simplificadamente, significa o quanto de vapor
de água existe na atmosfera, em relação ao máximo que poderia existir para
aquela determinada temperatura, ou seja, é a divisão da umidade absoluta,
naquele instante, pela umidade do ponto de saturação do ar na temperatura do
mesmo instante.
Quem quiser ver uma explicação mais detalhada sobre umidade absoluta e
umidade relativa pode ler um artigo que escrevi, no meu outro blog, intitulado
“Umidade do ar relativa e absoluta. Como elas nos
afetam”. Basta clicar nesse link.
Lá também falei sobre as consequências que a umidade do ar, menos ou mais
elevadas, podem gerar nas pessoas e vimos que, o melhor nível de conforto é
quando a umidade relativa está por volta dos 45% ou 50%. Tanto acima quanto
abaixo disso, a tendência é nos sentirmos desconfortáveis.
Nessa postagem, a intenção é falar sobre alguns problemas decorrentes da
baixa umidade relativa do ar e os cuidados a serem tomados
quando estivermos expostos a ela.
PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE RELATIVA DO AR
São vários os problemas que a baixa umidade relativa pode gerar. Entre eles
podemos citar:
– Complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas nasais.
– Sangramento pelo nariz.
– Irritação do globo ocular.
– Ressecamento da pele.
– Aumento da eletricidade estática nas pessoas.
– Aumento da eletricidade estática nos equipamentos eletrônicos.
– Maior risco de incêndio nas matas.
CUIDADOS A SEREM TOMADOS NOS DIVERSOS NÍVEIS DE BAIXA UMIDADE
Nível 1 – Estado de Atenção – Entre 20% e 30% de umidade relativa do ar
– Tentar permanecer em locais protegidos do sol.
– Evitar atividades ao ar livre entre 11 e 15 horas.
– Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, vasilhas com
água, etc.
Nível 2 – Estado de Alerta – Entre 12% e 20% de umidade relativa do ar
– Observar as orientações do Nível 1 – Estado de Atenção.
– Evitar atividades ao ar livre entre 10 e 16 horas.
– Evitar ambientes fechados com aglomerações, tipo ônibus lotado.
– Umidificar olhos e narinas com soro fisiológico.
Nível 3 – Estado de Emergência – abaixo de 12% de umidade relativa do ar
– Observar orientações do Nível 2 – Estado de Alerta.
– Qualquer atividade ao ar livre, entre 10 e 16 horas, deve ser suprimida.
– Qualquer atividade em recintos fechados, que exijam aglomeração de pessoas
(tipo aula, cinema, etc.) deve ser suspensa entre 10 e 16 horas.
– Ambientes internos devem ser umidificados com vaporizadores ou
umidificadores, principalmente quarto de crianças e hospitais.
CURIOSIDADES
O ser humano sente-se melhor em um ambiente com umidade relativa baixa e
calor forte do que em um ambiente de umidade relativa alta e temperatura menor.
Com umidade alta, o suor demora mais para evaporar. Uma sudorese, mesmo que
abundante, não provoca resfriamento sensível. Nos ambientes de ar seco, uma
sudorese menor evaporará muito mais rapidamente o que gerará uma diminuição na
temperatura corporal.
Quem vive em locais com ar seco no verão suporta temperaturas superiores a
37°C. Em lugares de muita umidade mesmo 25°C poderá parecer calor excessivo.
Não é a temperatura, mas sim a umidade que faz as pessoas sentirem-se mal.
O conforto depende não só da temperatura, mas também da umidade relativa do
ar.
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